Wednesday, March 06, 2013

Está quase...quase

Tuesday, April 17, 2012

Parabéns, por tantos anos de estudo e tanta dedicação.

Tuesday, March 29, 2011

jornada de água


"citizenM water is like a liquid backpacker. it has travelled everywhere. journeyed through oceans, clouds, rivers, and rain. holidayed in mountain ranges and glaciers. spent all its air miles to arrive in this environmentally conscious pack. so what now? we suggest you gulp it down in one. let it start its journey all over again. then, one day, you might receive a soggy postcard from its next trip. a small thank you for setting the water free."



vida circular. nós. e os ciclos.
seja sempre com asas.

Friday, January 28, 2011

orto-grafia

"Quando eu escrevo a palavra ação, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o c na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa. Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim. São muitos anos de convívio. Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes cês e pês me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: não te esqueças de mim! Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí. E agora as palavras já nem parecem as mesmas. O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o erre, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hifenes e entraram erres que andavam errantes. É uma união de facto, para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem. Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os és passaram a ser gémeos, nenhum usa chapéu. E os meses perderam importância e dignidade, não havia motivo para terem privilégios, janeiro, fevereiro, março são tão importantes como peixe, flor, avião. Não sei se estou a ser suscetível, mas sem p algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos. Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do cê não me faça perder a direção, nem me fracione, nem quero tropeçar em algum objeto abjeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um cê a atrapalhar."

Manuel Halpern


(eu sou das saudosistas teimosas, sei lá se me quererei adaptar... por que é que afinal a grafia deixou de estar direita?!)

Wednesday, January 26, 2011


Esta é a Bu. Uma cadelinha da Margarida e do João, que já faz parte dos nossos dias. Nunca eu tinha antes pensado que poderíamos gostar tanto de um animal, na verdade!
A Bu está cá de férias! Tem espaço, vai tendo movimento, mas não deve ter a atenção que ela tanto deseja. E, por isso, nada mais lhe resta que fazer disparates. Mete-se na piscina e limpa-se às paredes, rói os baldes das esfregonas, morde os paus da lenha... e até a sua própria casota! Enfim... de vez em quando, vou deixando que ela entre em casa, mas, à primeira asneira, "Rua!"
Hoje, talvez por já estar habituada a que os donos andem por outras paragens, a Bu demorou mais tempo até me ter mordiscado a perna e ter ido buscar o tapete da entrada. Parece-me que isto se compõe, está visto!

Monday, September 20, 2010

Tenho uma turma com alunas com nomes variadíssimos. Apenas uma é Maria. Além disso, tenho uma mania, confessada, de chamar "Maria" a todas as alunas, e enquanto digo "Maria", vou-me lembrando do nome delas. Sempre fui assim...
Mas acontece que a Maria tem uma irmã que se chama Catarina, que foi minha aluna também. Ora, à Maria chamo nada mais nada menos que... "Catarina"! Imagine-se... Um dia então disseram-me que não percebiam como, mas à única que era mesmo Maria eu chamava Catarina. E riram até porque achavam que Maria não ficava nada bem com os seus verdadeiros nomes.

À turma, chegou este ano um aluno novo. Chama-se Daniel. Não sei porquê, mas fixei "David", e "David" ficou em toda a primeira aula. Na segunda aula, ouvi alguém gritar "Daniel!!" No meio deste emaranhado de pensares que é o início de um ano lectivo, perguntei discretamente quem era o Daniel. O Pedro, serenamente e baixinho, não fosse eu ficar ainda mais confusa, respondeu-me:
-- É o David, professora!
Rimo-nos os dois, pois claro!

Monday, February 01, 2010

Um alentejano esteve a beber até o bar fechar. Como era o último cliente, o empregado veio avisar que o bar ia fechar e ele tinha que sair. O homem levantou-se e caiu no chão. Voltou a levantar-se, mas caiu novamente. Resolveu arrastar-se até à porta, sempre a cair, mas sempre a tentar levantar-se.
Já na rua, o mesmo, levantava-se, mas caía sempre. Até que chegou a casa.

No outro dia, diz-lhe a mulher:

--Ca ganda bubadêra que tu ontem apanhasti!

--Mas como sabes tu, mulheri?

--Ora, telefonaram do bari... é que esqueceste-te lá da cadêra de rodas...