Thursday, May 15, 2008

impressiono-me no fascínio de ti. e deixo-me estar, resguardada do mundo, cismada na forma que me provocas de te olhar. e o tempo congela-se nesse deslumbre solitário. mas eu não o quero parado... sonho-o com ritmo de correr. não gostarei que o mundo seja cego e de costas. não gostarei que pequenos sopros venham feridos demais, e nos toquem. não gostarei que a angústia se arraste e se aloje no quente de mim que construo contigo. quero-nos bem, para quando nos vir. quero-me bem, para que o meu abraço esteja aberto no dia em que pisarmos o chão de uma mesma casa. quero-te bem, para que me reconheças, sem rasgos de dúvida, no tempo de me olhares. quero-te bem.

Sunday, May 04, 2008

a um tu e Istambul para trás...

daqui de cima o tempo é de paz. pontualmente dilacerada pelos sopros de turbulência que me enviesam o que sei pensar. em pressa, ressintonizo-me na lucidez que me provocas, não te preocupes. gosto desta paz, de a ter firme no chão de nós, de ser volátil pelos labirintos de dentro: não há vazios. gosto que gostes da omnisciência desta mesma paz. gostas? calculo.
    
e gosto deste lugar nosso. mais gosto de o inventar desde que estamos. de o tornar vida sempre que nele deposito o que futuro de mim. de o enfeitar com os ícones dos sonhos que te partilho, para quando se um dia chegares. vens? de seres tu e, contigo, poder construir a certeza mais longínqua, mais bonita, mais habitada de mim.
 
conhecesse-te eu...