Monday, May 28, 2007

E se...

e se isto for sempre maior que os dias, e a noite um canto que se faz fugaz? e se o cansaço for (para) sempre longo neste périplo para um ar seguro? e se o chão sempre soluçar na pressa do que o sonha recto? e se o pacote nunca mais se encher do sumo que o levantava em vida? e se as árvores nunca falarem e o mar nunca tiver mãos?

e se, enfim, o fim for outro, por fim?!...

Sunday, May 27, 2007

Viva!


SPOOOOOOORTIIIIIING!!!!!!!!!!

Tuesday, May 22, 2007

Eu sou assim!

Quando não vejo vivalma
Quando as estrelas desaparecem
Quando a areia acaba
e a onda se espraia
e o sonho se interrompe
Sento-me numa pedra
e espero que ele volte.

Friday, May 18, 2007

Fita de final de faculdade da FILIPA

Filipa Maria, menina feliz, és finalista da faculdade, a formatura é o merecimento maior.

Fipó, filha minha, formosa flor, festivaleira e forte e firme. Felicitaste a família num final mágico de mês, fitaste a mana, os meninos e meninas, familiares, o mundo... e fruiste o florescer memorável da meiguice e da força.

Em miúda falavas, falavas e magicavas festas mil, fantasiavas e fabricavas famosos festins em família, nas férias.

Facilmente manuseias materiais, montas fenomenais maquetes, fazes fotografias, filmes, folheias mapas, és multifacetada, fortaleces fragilidades e madrugadas e manhãs.
És musa, mulher, madura, frontal e franca, fresca e muito fiel.

Filhota, o futuro é maior!
A felicidade é a meta!

Mãe
Maio 07

Outra!

então, outra do Avô, e esta foi num domingo recente, no Dia da Mãe!

"- sabes qual foi a primeira Mãe a quem hoje dei os parabéns?! à Pim!! [vulgo, a cadela lá da quinta!]" - e rimo-nos, pelo insólito da lembrança!! depois comentei que as maminhas da Pim estavam estranhas, caídas, grandes!!

"- oh, o que é que esperavas, são mamas de velha!!" - esclareceu o meu Avô sábio, no exacto instante em que a Avó, apenas motivada por um terço da conversa, se dirige a nós, de mãos discretas a aconchegar o peito, vaidosa, na pose que lhe (re)conheço, indignada pela hipotética observação: "- quais, as minhas?!!"...!!!!

Wednesday, May 16, 2007

Cucos!

Miguel Torga tem um conto em "Bichos" sobre um cuco, o Farrusco. Segundo uma tradição pagã, as raparigas sempre que ouviam um cuco a cantar, perguntavam-lhe:
--Cuco do Minho, cuco da Beira, quantos anos me dás de solteira?

As vezes que o cuco cantasse equivaliam ao número de anos até ao casamento.

Ora acontece que no Alentejo também esse era costume que se usava. Conta o meu pai, que já leva 88 anos bem vividos, que ouviu há tempos a conversa entre duas mulheres que pintavam os muros da quinta. Uma dizia que, quando era nova, tinha feito a pergunta ao cuco e que ele tinha cantado sete vezes. Em seu entender, o cuco até tinha acertado, pois casou daí a seis anos e alguns meses. A outra não ficou atrás e disse que também o tinha feito, só que o cuco cantou dez vezes, mas ela que pouco se tinha importado, pois três anos depois, resolveu mesmo casar.

Na semana passada, o meu pai ouviu um cuco e, bem humorado como ele é, brincou, adaptando a pergunta. Mas o interessante desta história é que ele a conta com todo o gosto.

--Cuco da ribeira... cuco da ribeira... Depois da minha mulher morrer, quantos anos me dás de solteiro?

E o cuco cantou, nada mais nada menos, que quarenta e cinco vezes. E o meu pai riu... riu e disse:

--Eh, pá... vais ver que sou eterno!

Monday, May 14, 2007

Sunday, May 06, 2007

Eu cá, Tu lá! ;)

e ser tua filha é a avidez de sabor de mãe nos tornarmos, preenchidas por um vinco de dentro que garante que a superação - tua, do que (nos) és - é impossível. obrigada, tanto, porque mais ninguém pode, mais niguém sabe, ser melhor que tu.
[continuo a guardar o Paula, para quando um dia. como mo aconselhaste.]

Ser mãe

Mãe é desejo, é amor, espera impaciente, cremes na barriga, corpo em mudança. É-se mãe antes, muito antes dos filhos nascerem. Prepara-se a caminha, a roupa, olha-se encantada para o tamanhinho das botas, espera-se. Espera-se...
...

Quando nascem, nada mais importa no mundo. Não se vêem telejornais, não se liga a eleições, clubes em competição, tremores de terra, vulcões em erupção. Os acontecimentos, apesar de terríveis, perdem importância perante a novidade. O mundo deixa de existir como ele é e desenha-se em amor na nossa casa. E então, mãe é colo, é ternura e abraço, é infinito encanto a olhar o filho, é noites mal dormidas, é fraldas e mama e os primeiros dentes, é febres, viroses, doenças de criança. É jardim de infância e uma lagriminha no primeiro dia, é colégio, festas de Natal, de fim de ano, teatrinhos, declamação de poemas, gritos alegres de gente pequena. É preparar os lanches, pregar botões na bata, arranjar mochilas, afiar os lápis. Depois, mãe é também escola, estudo, mãos dadas em pensamento, conselhos, ensinamentos, exemplo e oração, mãe é nervosismo antes dos exames, é amigos, lanches e jantares de anos. Mãe é universidade também, saídas à noite, sms, mais noites mal dormidas, receios, temores constantes.

Ser mãe é o melhor que o mundo tem!

Thursday, May 03, 2007

Joaquín Cortés

Fui ver o Joaquín Cortés, num espectáculo integrado na digressão mundial, intitulado "Mi Soledad".
Vestido impecavelmente (Jean Paul Gaultier, dizem), não dançou tanto quanto todos gostaríamos, pois a maior parte do tempo fica a cargo dos dezoito músicos que o acompanham.
Quase no fim, desce do palco e dá uma volta ao recinto... isso é que foi ver as espanholas, em especial elas, que são mais expansivas que nós, a gritar "Hermano...", "Hermano...", gesticulando em êxtase, e gritando, num perfeito delírio!

Tuesday, May 01, 2007

Fotossíntese

ainda não percebi se tenho uma alma que se move a fotossíntese, ou se é o meu cérebro que a faz, mas estes dias de avidez e de busca de um lugar ao Sol, frustram, ai frustram, pois!!