Friday, October 21, 2005

Sem título

venho como quem não está. desabotoar-me aqui de angústia remota. ciclos, ciclos, o que somos. e os mesmos, perenes na nossa avidez de sermos iguais. emendáveis?

13 comments:

said...

claro. o mais maravilhoso na vida é que tudo pode mudar a qualquer momento.confia em mim nessa parte

Maggs said...

mas e nós, Té; cada um de nós... as pessoas não mudam...

janica said...

não percebi nada :$

Unknown said...

Claro que mudam... Tudo muda segundo a segundo! É a magia de estar vivo, de existir! As pessoas mudam tanto, nós e os outros... Mudam principalmente se quiserem mudar.. se estao bem nao precisam Se estao mal e perdem com isso, fazem um esforço! O principal é a liberdade de cada um... e se n estamos bem com alguém, deixamos de estar...Nao vou forçar ninguém a mudar, até porque nem sei quem está melhor (se eu ou ele), comigo é assim... But who am i?? Gosto de ti e tu sabes!

Unknown said...

Sempre! E nem precisas apagar nada, podes escrever ao lado ou até por cima.
Há no entanto aqueles que não têm emenda, como eu :)
*

Maggs said...

hum, não mudam... vão-se compondo de pequenas alterações, que são o que somos nos outros e os outros em nós, mas isso não são mudanças. e encaro, assim, essa nossa liberdade como um espaço em branco que só podemos desenhar com as cores que temos. uma liberdade fatal. o que somos, mais intrinsecamente, é imutável. e só o lamento; principalmente em mim.

(Michelito, gostaste do som da minha palavra inventada, confessa!!:p)

maria said...

Desculpa meter-me aqui no meio,Ximuripix, mas é só para avisar que te aliaste ao sexo errado...não é O Té, é A Té...de Teresa... lololol;) sorry!
Maggy, ainda ando à procura duma resposta para isto... ;)

said...

pois é, eu sou Teresa! enfim...xiwugfwvqf..estás perdoado/a! margarida, essa talvez seja a outra questão, se nós mudamos. depois de quinta feira respondo...

Maggs said...

isto é bom quando aquece!:) Té e Maria, espero-vos então depois!

desatentamente, não tinha lido a palavra ao contrário...!:)

o post referia-se a uma reacção concreta perante uma circunstância. a que tenho sempre quando me deparo com um estímulo semelhante. a que me faz ser previsível para os que me conhecem. a que me faria também prever o comportamento dos que conheço eu. o incontornável para lá do consciente a gritar o invés. o que brota dum canto de mim onde a minha mão não chega, talvez porque o braço seja curto! o que me faz ser igual desde sempre que me penso, apesar dos tantos abraços que guardo no pedaço de espaço atrás do coração da Maria.

Jung, com palavras que já não sei, dizia que seria ridículo crermos na reabilitação de um criminoso - não vou discutir objectivamente a ideia. e acrescentava que, para o criminoso, fazer o mal era a concretização pragmática, ainda que talvez inconsciente, da sua natureza. sem fuga!

bem, mas talvez eu seja assim como o z, sem emenda!:p

fica, pois, a aporia... mas isso só mostra também a nossa natureza... imutável!:p

Mar said...

Este é um tópico que me interessa. E prometo que o virei comentar, ´quando tiver tempo, para ajudar ao aquecimento da coisa.

Miguel d'Azur said...

Sobre se mudamos ou não?

Todos os dias olho para o mesmo espelho e todos os dias o espelho devolve-me o meu olhar, o meu rosto e as minhas expressões. Com o fluir do tempo nem noto as pequenas alterações que se me vão sendo apresentadas. É normal, os meus olhos só conseguem ver grandes mudanças, ou mudanças substanciais… Se deixar crescer a barba, verei mudanças…com certeza, é um facto visível… Mas…onde estão as mudanças que o espelho não me apresenta? A perda da minha avó, a ruptura de uma amizade, ou ainda o fracasso de um amor impossível… Olho novamente para o espelho e… nada à vista!
Pudera, as mudanças mais importantes são internas, mas, tal como a minha imagem reflectida pelo espelho, há mudanças que nem vou notando… Uma atitude minha mais fria perante certas situações, uma insensibilidade natural, coisa que não tinha antes de certos eventos terem acontecidos, e agora, uma total descrença perante o futuro…que assumo com naturalidade, é intrínseco em mim, não há nada a fazer… Os erros que cometia, continuo a comete-los… isso não mudou! Haja algo que não mude em mim! Mas.., e se eu passear na rua e cair num buraco? Ok, levanto-me! No dia seguinte volto à mesma rua e, azar o meu, volto a cair no mesmo buraco. Estupidamente volto a sair do buraco e sigo em frente… Não é que no dia seguinte o buraco continua lá, e eu dentro dele novamente!! Bem, isto já não é azar, é estupidez da minha da minha parte! No dia seguinte tudo mudou, mudei de passeio! Arrrr…a mudança leva tempo, mas chega lá!!
(Vale a pena pensar nisso…)

Maggs said...

(de repente fizeste-me lembrar a heteronímia em Fernando Pessoa!;))

Maggs said...

tu és lindo, Pica! :) às vezes são mesmo precisos esses puxões de orelhas de nos pôr do avesso!;)